segunda-feira, 8 de março de 2010

COMENTÁRIOS FINAIS SOBRE A DISCIPLINA

Nestes comentários finais sobre a disciplina se tem a dizer que ela conseguiu acrescentar conteúdos relacionados à pesquisa de cunho qualitativa, a qual eu já possuia algum, mas que no desenrrolar dos temas abordados foi possível verificar algumas diferenças existentes.
Convém salientar que a nomenclatura utilizada e relativa ao português de Portugal é muito diferente da utilizada no Brasil, assim aprendemos que:

Guião de entrevistas(PT) = Questionário (BR)
Grelha (PT) = Tabela ou Quadro (BR)
Recolha de dados (PT) = Coleta de dados (BR)

Para mim foram terminologias novas e que vieram a somar em meu arcabolço teórico, bem como elucidar para o futuro desenvolvimento de minha dissertação.

Grato

Marco Vezzani

Tema 4 - Problemáticas de Investigação

Neste último tema da disciplina procurou-se analisar dados literários referentes a Utilização das Tecnologias no Ensino/Formação e sobre a  Investigação Aplicada sobre o Desenho (design-based research), cuja a análise colocamos a seguir:



Research based design

As novas tecnologias relacionadas a utilização no ensino/formação, se traduzem, realmente no conhecimento de que nos trazem alterações profundas conforme as investigações nos traduzem. Neste sentido, a proposta relativa a vertente de investigação-acção é muito interessante, mas uma outra hipótese, elencada pela professora Alda aponta para as inovações educativas advindas da criação de projectos de investigação, abarcados pelo método intitulado Investigação Aplicada sobre o Desenho (design-based research) ou DBR.
Assim posto, o referido método tem por base a aprendizagem baseada na investigação. O DBR, aponta para necessidade de entrosamento entre docentes e investigadores facultando, desta forma, a implementação de propostas didácticas que fomentem a motivação da aprendizagem nos alunos.
Essa metodologia DBR, foi descrita por Wang e Hannafin (2005) como tendo 05 (cinco) características básicas focadas na pesquisa relacionada ao design:
pragmática/intervencionista, situada, interactiva/flexível, integrativa e contextual.
Na primeira, a compreensão está fundamentada, pelos pesquisadores, em questões práticas que promovem o design, a aprendizagem e o ensino, estando pautada sobre as intervenções no mundo real, paupável.
Na segunda característica, a pesquisa, segundo eles, está na literatura disponível, bem como no contexto do mundo real. Desta forma, toda pesquisa necessita inicialmente de uma ampla busca em toda a literatura, uma fase que pode ser denominada de documental, a fim de que se possa buscar os casos de design e as lacunas a serem pesquisadas, sem entretanto, deixar de situacionar a pesquisa dentro do contexto real, facultando aos envolvidos a interação bem para alem dos cenários laboratoriais.
interativa, já que os pesquisadores trabalham em parceria com as pessoas envolvidas na prática de ensino- aprendizagem, identificando abordagens e desenvolvendo princípios para as soluções pedagógicas.
A terceira característica relaciona-se a interactividade e/ou a flexibilidade das pesquisas, pois elas apresentam ciclos intermitentes de design, realização ou implementação, análise e (re) design; sendo observada todas as flutuações comportamentais que o design sofre ao longo de um processo pesquisado.
A integração ou processo de integratividade, existentes nas pesquisas, acontecem, quando, diante da miscelânia de variedades de entrevistas, painéis de especialistas, estudos de caso, avaliações, etc se verificam as diferentes abordagens e métodos que facultam essa premissa.
Finalmente, a última característica apontada pelos autores, referente a fase contextual, ou processo de contextualização, denotam que embora os resultados da pesquisa estejam relacionados a um contexto específico, eles não se limitam a uma prescrição de atividades a serem seguidas, e/ou verificadas, basicamente, mas perpassam ao cenário da problemática a fim de servirem como orientadores dos designers no desenvolvimento de teorias e na geração de novos resultados.

De acordo com Ramos e Struchiner (2008), a pesquisa baseada em design gera conhecimentos distintos daqueles gerados em abordagens tradicionais. Essa metodologia vem sendo adotada há alguns anos em pesquisas no mundo inteiro, e também no Brasil, que mesmo de modo menos acelerado tem gerado conhecimentos significativos, tanto em relação ao contexto particular da pesquisa, quanto ao processo de design de modo geral.

RAMOS, P. e STRUCHINER Miriam (2008). Pesquisa e Desenvolvimento de um Ambiente Virtual para o Ensino de Medicina e Psicologia na Análise Preliminar de Processos de Disigner.Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ. http://www.abed.org.br/congresso2008/tc/5112008113754AM.pdf, acedido em 07/03/10.

WANG, F., e HANNAFIN, M. J. (2005). Design-based research and technology-enhanced learning environments. Educational Technology Research and Development, 53(4), 5-23. http://projects.coe.uga.edu/dbr/explain01.htm#references, acedido em 07/03/10.




TEMA 3 - Análise de dados

Neste tema foi discutida a análise dos dados obtidos, bem como a forma de como melhor aproveitar os dados recolhidos.

Análise da minha entrevista                        
















análise e Verificação da Entrevista Realizada por
josete MARIA ZIMMER



Contextualização


         De acordo com Berelson (1971) apud Sampiere et al (2006) a análise dos conteúdos pode ser definida, classicamente, como sendo uma técnica a fim de se estudar e analisar a comunicação dos dados existentes de uma maneira objetiva, sistemática e quantitativa. Nela segundo o autor supra-citado alguns usos como: descrever tendências, revelar diferenças, comparar mensagens, realizar auditoriado conteúdo, construir e aplicar padrões diversos, cmensurar a clareza das mensagens, descobrir estilos, identificar intenções, apelações e características, decifrar mensagens nas entre-linhas, estado psicológico dos entrevistados, indícios de desenvolvimento verbal, antecipar respostas e fechar questões abertas.
         Desta forma, e tendo-se em mente o que foi incicialmente, a análise do conteúdo da entrevista realizada por mim e pela colega Josete Maria Zimmer irá procurar as características relevantes do conteúdo, tendo-se em vista o universo escolhido, as unidades de análise e as categorias de análise.


Análise dos conteúdos


         A colega Josete Zimmer pautou-se na construção de uma análise correcta, com respostas às questões abertas e semi-estruturadas em consonância com a temática escolhida, ou seja: “a utilização das redes sociais por parte de docentes, em actividades lectivas e não lectivas”.
         Desta forma, no exercício proposto buscou-se uma análise comparativa da entrevista realizada pela colega Josete, com a análise da entrevista realizada por mim. Inicialmente foi peperceptível diferenças na estrutura de formação dos entrevistados. Em nosso caso, o entrevistado(a) foi uma entrevista com uma colega professora especialista e docente convidada do curso coordenado por mim, de Engenharia de Segurança do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Já a minha colega realizou uma entrevista com uma professora de Língua Portuguesa e Literatura do Brasil, que ministra aulas na escola técnica de nível básico. Embora, antagonicamente, as tenham sido realizadas com entrevistados (as) com formações diferentes, foi buscado uma análise de conteúdos pautada nas convergencias e divergencias nas categorias e sub categorias escolhidas, dentro dos princípios elencados na contextualização.
          Nesse sentido a escolha das categorias tanto para mim, quanto para a colega, foram as mesmas no que se refere aos indicadores e unidades de registo. No caso, de caso dela, a categoria “Dados Pessoais”, a denominação foi “Perfil”, a qual teve  uma subdivisão em perfis: “pessoal e profissional”. Em nosso caso, criou-se a categoria “Dados Pessoais” e a subcategorias: gênero, idade, formação acadêmica, área de atuação. Neste ponto percebe-se uma divergência apenas no que diz respeito à distribuição das subcategorias. Chamando-se a atenção para uma relação de escolha que abarcou uma categoria denominada de: “perspectiva em relação s redes sociais” e “uso das redes sociais para o futuro”. Neste ponto, uma união entre as categorias adoptadas pela colega, apontam para uma categorização sobre o “Grau de acesso as redes sociais” como uma subcategoria minha.
         Outra pecepção, é de a minha entrevista se pautou numa análise e escolha de um único tema, já a da colega Josete ela adotou uma temática com quatro temas distintos para cada categoria escolhida, dispostos da seguinte forma: dados do(a) entrevistado(a); a utilização das tecnologias na sala de aula; utilização das redes sociais por docentes num contexto educativo e na influência das redes sociais no  processo ensinoaprendizagem. Bem como, ela exemplificou através da temática: “A utilização das redes sociais por professores em contexto educativo”,  tendo escolhido escolhi como categoria “quais redes sociais você conhece?” e “Já ouviu falar em outras redes sociais?”.
         Entretanto na que foi aplicada por mim, foram escolhidas as categorias: dados pessoais, formação, senso crítico e expectativas. Assim, foi feito tendo-se em vista a nossa formação cartesiana atrelada a engenharia.
         Contudo, a temática dela sobre “A utilização das novas tecnologias na sala de aula”, bem como subtema: “Qual o objetivo do uso das tecnologias na sala de aula?” relacionam-se ao que foi denominado, em nosso caso como categoria “senso crítico” e “expectativa”, facultando uma simbiose dos nossos temas ou temáticas, o que nos induz a uma reflexão de resultados semelhantes quando comparados.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


         Finalmente é possível elencar que as entrevistas realizadas por nós aponta para um consenso entre os (as) entrevistados (as) o de que ambos (as) acreditam no uso das redes sociais com fins didático e pedagógicos, bem como no incentivo à formação continuada, no incremento e disponibilização de tais ferramentas para uso dos docentes em suas respectivas unidades de ensino.
         Outra percepção é a de que existe uma crença de cunho técnico-prático porém há que se ter o incremento de um processo de incrementação quer nos docentes, discentes e diretores das instituições de ensino, acabando por desmistificar e socializar o uso das novas ferramentas atreladas ao fomento do e-learning. Infelizmente no Brasil, ainda temos resistências, diga-se de passagem, injustificadas por parte das instituições de ensino e o próprio Ministério da Educação, mas são barreiras que estão sendo quebradas, inclusive por nós, eu e Josete, com o aprendizado que temos tido deste mestrado.


REFERÊNCIAS


SAMPIERI, Roberto Hérnandez et al. Medodologia de pesquisa. Trad  Fátima Conceição  Murad et al. 3 ed. São Paulo: McGraw-Hill, Cap 9, p. 343-351. 2006.


TEMA 2 - A recolha de dados

Neste tema foram discutidos dados referentes a recolha de dados e elaboração de um modelo de guião de entrevistas, bem como foram tecidos os seguintes cometários a cerca da dissertação que nos foi dada para analisar:

Terça, 24 Novembro 2009, 00:38


Ao verificar a disssertação de mestrado da Cidália foi possível verificar que os objetivos da investigação para a elaboração com certeza, porém em minha leitura não acho que o processo de escolha da amostra realizado pela autora, já citada, tenha sido adequada.
Por ser uma amostra de cunho qualitativo penso que ela deveria se utilizar de medição e quantificação. Em termos estatísticos não entendi qual a amplitude do universo amostral dela, qual o nível de confiança estabelecido, o erro de estimação e a proporção da característica pesquisada no universo escolhido. Foram 05 as escolas escolhidas, em 2 distritos, mas não está claro para mim o universo total de alunos, os 350 são todos ou é a amostra, qual a confiabilidade da amostra?
A amostragem foi aleatória simples? Qual o nível de confiança? Qual a % de erro?
Isto não ficou claro para mim.
Percebi que o questionário teve uma valiação prévia, mas no meu entendimento sem uma definição exacta do universo amostral a pesquisa fica empobrecida (fraca).
Outro questionamento que gostaria de colocar refere-se às ferrantas de contrução de tabelas e gráficos. Acho o excel muito bom, mas conheço outros softwares, aos quais tive a oportunidade de trabalhar que achei muito bons, são eles: SPSS e SPHINX, recomendo, principalmente este útimo.
Quanto aos outros questionamentos, em especial, que se refere à metodologia utilizada, penso que ela poderia ser melhorada, para mim não ficou muito claro.
Estas foram algumas das considerações que entendi serem pertinentes de colocar, nesta minha primeira participação efetiva no fórum.



Terça, 24 Novembro 2009, 01:00


Percebemos, ainda que o colega Paulo colocou considerações importantes à todos nós e gostaria de contribuir para contigo dizendo além da amostragem o enfoque qualitativo fundamentata-se, de acordo com Rothery (apud Grinnell, 1997), no método hipotético-dedutivo para gerar conhecimento e segue as seguintes premissas:
- delineamento da teoria e delas derivamos hipóteses;
- as hipótese devem ser provadas através de modelos de pesquisa apropriados e
- Os resultados devem sustentar às hipóteses ou, pelo menos, serem condizentes com elas

Será que tais premissas foram atendidas?



Guião de Entrevista

TEMA 1 - O processo de investigação


Foram discutidos assuntos relativos sobre  PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO.
nosso posicionamento se deu da seguinte forma:




Parte 1 (Terça, 27 Outubro 2009, 20:59)

São três os paradigmas que podem ser trabalhados em uma investigação educacional: o paradigma positivista (lógico), o paradigma interpretativo (estruturalista) e o paradigma sociocrítico (materialismo dialético).
O paradigma positivista enfatiza a ciência e o método científico, em especial o positivismo lógico e o empirismo. Em, termos gerais argumenta sobre:
a) uma proposição é significativa quando verificada, no sentido de esta possa ser julgada provável a partir da experiência;
b) uma proposição é verificavel se é uma proposição empírica ou uma da qual pode ser deduzida uma proposição empírica;
c) a proposição é formalmente significativa só quando é verdadeira, em virtude da definição de seus termos – isto é se ela for tautológica;
d) as leis da lógica e da matemática são tautológicas;
e) uma proposição é literalmente significativa somente se for verificável ou tautológica;
f) considerando que as proposições da metafísica não verificáveis, nem tautológicas, elas são literalmente insignificantes;
g) considerando que as proposições teológicas, éticas e estéticas não cumprem as condições, também são insignificantes em termos de conhecimento e
h) considerando que a metafísica, a ética, a filosofia, a religião e a estética são eliminadas, a única tarefa da filosofia é a clarificação e a análise.
Entretanto, em termos das ciências sociais, o positivismo tem sido objeto de críticas fundamentais, tais como: a concepção de ciência é idealista, a-histórica e empirista; os modelos das ciências exatas e da natureza não são aplicáveis aos fenômenos sociais; contenta-se com as aparências de um fenômeno sem ir à sua essência; insiste no estudo de fatos e dados isolados e não se preocupa com os processos de conhecimento, apenas os resultados. Dessa forma, muitos autores partilham a impossibilidade e a incapacidade deste paradigma para resolver os problemas educativos.

Parte 2 (Terça, 27 Outubro 2009, 21:00)

O paradigma interpretativo (estruturalista) possui suas origens no campo da linguística e fundamenta-se em dois princípios: os fenômenos linguistícos possuem infraestruturas inscoscientes que merecem ser pesquisadas e compreendidas e o de que o objeto da linguistíca é constituído pelas relações entre os termos de uma determinada lingua e suas relações. O método para ser considerado deve oferecer características de sistema, todo o modelo deve pertencer a um grupo de transformações, as condições anteriores devem permitir a prevenção das reações de um determinado modelo e de alguns de seus   elementos e um modelo deve dar conta de todos os elementos, ou sej seu funcionamento deve explicar todos os casos observados.
No que concerne à críticas, ele apresenta as seguintes: esquece a possível transformação dos fenômenos quando está estudando uma sociedade ou grupo social; considerando o insconsciente coletivo perpassa a cosciência ao segundo plano; relega a história a um segundo plano; simplifica o fenômeno em modelos estruturais, em termos estruturais apresenta ausência de centro individual ou grupal e o investigador estruturalista pode cair em um pré-determinismo negativo para as transformações sociais.
O paradigma sociocrítico (materialismo dialético), se baseia em pressupostos considerados pertinentes à condição humana, estando ligado à investigação antropológica, conduzida sob inspiração da "hermenêutica" e pressupõe que a realidade da existência humana só se faz conhecer pela interrelação com a cultura. O permite colocar que suas bases metodológicas são orientadas à prática educative, a perspectiva de mudança e a tomada de decisões embasadas na investigação avaliativa e na investigação-ação, com técnicas como o estudo de caso.




Parte 3 (Quarta, 28 Outubro 2009, 01:58)



Caraterística
Positivismo
Estruturalismo
Materialismo dialético
Visão de mundo
Ordem do universo
Leis naturais
Ordem estrutural
Tudo é material em movimento
União dos contrários
Visão do homem
O indivíduo
Importancia
Sujeito
Individualidade
Não existe
Existe estrutura
Homem
Ser histórico e social
Visão de sociedade
Sistema social functional
Estutura social
Classes antagônicas
Visão da realidade
Empirista
A-histórica
Subjetiva
A-histórica
Objetiva
Histórica
Objetivo da pesquisa
Testar teorias
Procurar estrura fenômenos
Procurar compreender a essência dos fenômenos
Objeto de estudo
Elementos
Relações entre elementos
Elementos e relações entre eles
Método científico
Método indutivo dedutivo
Método estruturalista
Método dialético


Fonte: Adaptado de Richardson et al (1999)


FLUXOGRAMA DE UM PROCESSO DE PESQUISA

COMENTÁRIOS SOBRE A DISCIPLINA

Neste semestre estaremos utilizando este espaço para realizar e postar comentários sobre a disciplina deMETODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO.Esperamos ao longo do tempo estar atualizando e melhorando as apresentações, bem como as características desse blog.

e-abrs

Marco Vezzani